1 de dez. de 2025

Sorriso gengival: quando tratar com plástica periodontal, laser ou toxina botulínica

Diminuir gengiva
Diminuir gengiva

O chamado sorriso gengival ocorre quando, ao sorrir, há exposição excessiva da gengiva. Nem todo caso pede cirurgia extensa: muitas vezes uma plástica periodontal minimamente invasiva, ajustes com laser e, em indicações específicas, toxina botulínica resolvem com previsibilidade. O ponto-chave é diagnosticar a causa (dente curto por erupção passiva alterada? hipermobilidade labial? excesso vertical maxilar?) e planejar a solução de fora para dentro com DSD/mockup, fotos e scanner.

Diagnóstico guiado por DSD (o que avaliamos)

  • Exposição gengival em repouso e no sorriso máximo; linha do lábio e plano incisal.

  • Comprimento clínico dos dentes, proporções coronárias e largura biológica (distância crista óssea–margem).

  • Biótipo periodontal, papila e espessura de tecido queratinizado.

  • Dinâmica labial: hipermobilidade e altura da inserção do lábio superior.

  • CBCT + scanner quando a decisão envolve altura óssea ou reabilitação com lentes/implantes.

Com mockup em boca e fotografia padronizada, testamos a nova linha gengival antes de qualquer intervenção.

Quando indicar plástica periodontal (aumento de coroa clínico)

Se o dente é anatomicamente “curto” por erupção passiva alterada (ou a margem invadiu a largura biológica), o tratamento de escolha costuma ser o aumento de coroa clínico.
Objetivo: reposicionar a margem gengival e, quando necessário, regularizar a crista óssea para respeitar a biologia e expor mais estrutura dental.
Resultados esperados: melhora da proporção do dente, simetria dos zênites e base estável para estética (lentes, coroas).
Pós-operatório: cicatrização acompanhada por fotos; em zona estética, validamos o resultado com provisórios guiados.

Papel do laser (Diodo × Er:YAG) em sorrisos gengivais leves e acabamento

  • Laser de diodo (810–980 nm): maior hemostasia e visibilidade clínica para recontornos menores e “troughing” (exposição de margem para moldagem/escaneamento).

  • Erbium:YAG (2.940 nm): ablação precisa com mínimo dano térmico; excelente para microajustes do zênite e acabamento gengival guiado por DSD/mockup, preservando colágeno e arquitetura do sulco.
    Quando usamos:

  • Assimetria leve entre dentes vizinhos;

  • Acabamento fino pré-prova/cimentação de lentes;

  • Complemento ao aumento de coroa (refino do contorno e sulco).

Limites responsáveis: não violar largura biológica; parâmetros titulados; EPIs; avaliação periodontal prévia.

Toxina botulínica: quando a causa é o lábio hiperativo

Se a hipermobilidade do lábio superior é a principal causa (ex.: sobe 6–8 mm ao sorrir), a aplicação minimamente invasiva de toxina nos elevadores do lábio pode reduzir a ascensão labial (2–4 mm em média), suavizando a exposição gengival.
Vantagens: procedimento rápido, reversível (3–6 meses) e com downtime mínimo.
Indicações ideais: sorriso gengival dinâmico leve a moderado, com dentes de altura adequada e biologia preservada.
Contraindicações/atenções: gestação, lactação, doenças neuromusculares; assimetrias preexistentes exigem planejamento fotográfico rigoroso.

Como escolhemos (roteiro simples de decisão)

  1. Causa principal: dente curto por biologia → plástica periodontal; músculo hiperativo → toxina; leve assimetria e acabamento → laser.

  2. Combinações inteligentes:

    • Plástica periodontal + laser Er:YAG para refinamento;

    • Toxina para hipermobilidade + acabamento a laser para pequenos ajustes de zênite;

    • Em reabilitação estética, integrar com lentes após estabilização tecidual.

  3. Validação com mockup/fotos e acompanhamento (PES/WES, simetria, estabilidade gengival).

O que o paciente pode esperar (experiência Allegra)

  • Pré-visualização do resultado (DSD/mockup) antes do procedimento.

  • Procedimentos menos invasivos quando possível (laser, toxina) e tempo de recuperação reduzido.

  • Comunicação clara sobre limites (excesso vertical maxilar importante pode exigir abordagem orto-cirúrgica).

  • Manutenção com higiene dirigida, polimento e registros fotográficos para estabilidade do resultado.

Sorriso gengival

Conclusão

Tratar sorriso gengival é combinar diagnóstico preciso com a técnica certa para a causa:

  • Plástica periodontal corrige margens quando há dente curto/biologia invadida;

  • Laser (diodo/Er:YAG) refinam contorno e simetria com mínimo trauma;

  • Toxina botulínica controla o lábio hiperativo, de forma reversível e previsível.
    Com planejamento digital, mockup e respeito à biologia, alcançamos naturalidade, simetria e satisfação com segurança.

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    Referências (ABNT)

    1. MORTON, D. et al. Loading protocols for dental implants: updated consensus. Clin Oral Implants Res, 2018.

    2. GALLUCCI, G. O. et al. ITI consensus on planning and execution for single/full-arch restorations. Clin Oral Implants Res, 2018.

    3. MALÓ, P. et al. All-on-4 concept: long-term outcomes. Clin Implant Dent Relat Res, 2011–2019.

    4. MEREDITH, N. Resonance frequency analysis for implant stability (ISQ). Clin Oral Implants Res, 1997; updates.